Imagem de marca e habitual em registos de ondas gigantes da Praia do Norte, o Forte de São Miguel Arcanjo permanece encerrado ao público devido à pandemia de covid-19, mas a sua história continua a captar a atenção do público.
Com mais de um milhão de visitantes e uma centena de nacionalidades diferentes registadas na lista de turistas recebidos, o monumento, que é imóvel de interesse público desde 1978, tem hoje um conjunto de exposições permanentes e temporárias. Mas foi no séc. XVI que a sua história começou a escrever-se. Mandado construir pelo Rei D. Sebastião em 1577, como forma de defender a população de uma vila piscatória, foi mais tarde, em 1644, sob ordens de D. João IV, que se assinalou a sua construção.
Foi vítima de vandalismo pelos liberais, que danificaram a imagem que se encontra na fachada, por cima da porta da entrada, com a imagem de São Miguel Arcanjo em pedra calcária. Já difícil de decifrar, está a legenda “ELREY DOM JUAN-1644”.
Numa altura em que já não servia a sua função militar, é em 1903 que é instalado um farolim e uma casa para o faroleiro, a pedido da comunidade de pescadores para auxílio das atividades diárias piscatórias.
A sua localização privilegiada na observação de ondas grandes da Praia do Norte, tornou o Forte de São Miguel Arcanjo num dos monumentos mais procurados na Nazaré, numa altura em que as ondas memoráveis fazem da vila uma referência de surf a nível mundial.
Além de excelente ponto de observação, o Forte oferece aos visitantes exposições, como a Surfer Wall e o Centro Interpretativo do Canhão da Nazaré, com detalhes históricos e científicos que satisfazem a curiosidade de todos os que o visitam.